Sempre existe uma grande dúvida na hora de compor os ambientes de um projeto. Que tipo de acabamento será utilizado nos pisos e paredes? Que tipo de material é ideal para revestir esse espaço?
Acabamentos geralmente oferecem elegância e beleza aos ambientes construídos. Mas sua relevância, vai além desses detalhes arquitetônicos.
Alguns tipos de revestimentos e pisos são cruciais para outras funções mais complexas, como manutenção de estruturas e isolamento de som. Além disso, a escolha do fornecedor adequado para obter esses materiais é preponderante para a qualidade da obra.
Mas como saber quais critérios são ideais para definir bons fornecedores?
A importância da escolha de Um bom acabamento para proporcionar mais do que valor estético, mas funcional para sua obra, além das características ideais para os tipos mais usados de pisos e revestimentos.
ACABAMENTOS: MAIS DO QUE APENAS BELEZA
A decoração de um ambiente é uma das últimas etapas na construção civil, mas não menos importante. É uma fase empolgante, já que você observa o seu projeto ganhando forma e deixando de ser apenas um esqueleto. Trata-se de uma etapa crucial, que pode custar em torno de 30% do orçamento de uma obra. O controle da qualidade é importante não apenas pelo valor, mas por se tratar da etapa final, onde qualquer erro ou problema se torna muito visível para o cliente final.
Por isso é importante seguir as normas regulamentadoras e escolher com cuidado os materiais, buscando sempre o equilíbrio da tríade “tempo - orçamento - qualidade”. Veja por que você deve prestar atenção na hora de escolher seus acabamentos:
MELHORA A HIGIENE DOS AMBIENTES
Acabamentos e aplicação de má qualidade geralmente deixam vãos entre os pisos e revestimentos. E quando não higienizados, acabam acumulando poeira, restos de materiais, alimentos entre outros detritos. E quando ficam úmidos, se tornam um local ideal para a proliferação de fungos, insetos e bactérias. E isso acaba afetando a higiene dos ambientes e até a saúde das pessoas, o que é perigoso, principalmente em hospitais.
Nesse caso particular, existem algumas normas, como a RDC nº 50 da ANVISA, que regulamenta os projetos físicos de áreas clínicas e cita os acabamentos como elementos que devem ser bem escolhidos para não afetarem a saúde dos pacientes.
Dentre os critérios para acabamentos ideais, de acordo com essa norma, estão:
- Impermeabilidade menor ou igual a 4%: paredes, pisos e tetos devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes. Materiais cerâmicos ou não, além do rejunte utilizado, devem seguir esse padrão - sobretudo em áreas críticas, ou seja, que possuem maior risco de infecção, como UTIs;
- Superfícies lisas, sem ranhuras: superfícies desse formato são chamadas de monolíticas, isto é, não possuem desnivelamentos e evitam problemas com choques, quedas, etc. A extensão do critério é de que o acabamento mantenha essa propriedade mesmo sob limpeza e uso constante;
- Absorventes de luz: materiais que refletem a luz não trazem conforto e atrapalham na execução das operações internas. Por isso, pisos com cores mais foscas e escuras são indicados para esses locais;
- Resistentes ao choque: acabamentos que se preservam diante de impactos são recomendáveis, principalmente para áreas com grande circulação de pessoas e equipamentos. Pinturas epóxi e pisos emborrachados podem ser exemplos disso;
- Promovem conforto acústico: tanto para sistemas internos que produzem som (ar condicionados, tubulações de água) quanto para ruído externos (sirenes, motores de carro), um acabamento que promova conforto sonoro é fundamental. Materiais como lãs de vidro ou espumas de poliuretano são as mais utilizadas em pisos e paredes para segurar o ímpeto do som.
EVITA POSSÍVEIS ACIDENTES
Com as novas regulamentações, cresceu também a necessidade das empresas em se pensar mais no pós obra. Os materiais utilizados em todas as etapas das construções precisam cada vez mais de durabilidade, para assegurar um aumento na vida útil das construções.
A escolha dos materiais certos durante o acabamento e a efetiva fiscalização no momento da instalação possuem um papel fundamental nesse aspecto, assegurando o uso eficiente dos insumos e ajudando a evitar acidentes após a entrega das chaves, causados pela má colocação dos acabamentos ou materiais de má qualidade.
Outros aspectos também precisam ser levados em conta, conforme o tipo de construção. Em hospitais, por exemplo, os vãos no piso causados por má instalação podem representar um risco a pacientes com mobilidade reduzida. Antes de
udo, é preciso planejar, ter a matéria prima de qualidade e ter pessoas aptas para a instalação.
EVITA A TROCA NO CURTO E MÉDIO PRAZO
Acabamentos de má qualidade geralmente se deterioram no curto e médio prazo. Seja qual for o caso, eles precisam ser rocados. E essa troca envolve a remoção manual do acabamento, um trabalho que leva muito tempo para ser realizado, gera resíduos e obriga a interdição do ambiente em reforma.
Além da qualidade dos materiais instalados, existem outras questões relevantes que devem ser avaliadas pelo gestor, como a obediência do fornecedor às normas trabalhistas. Isso porque a relação com os fornecedores, além de ser regrada por leis e rigorosamente fiscalizada pelo governo, é também refletida no cliente. Ou seja, problemas com a empresa terceirizada também são problemas da sua empresa.
Esse fator levanta outro igualmente importante: a correta gestão dos fornecedores. Para manter o padrão de qualidade dos materiais e assim evitar sua deterioração precoce, é preciso desenvolver uma cultura de fiscalização, registros e melhoria contínua frente a eles.
TIPOS DE REVESTIMENTOS DE QUALIDADE
Agora já sabemos a importância de um bom acabamento para sua obra. São tantas possibilidades que você provavelmente vai ficar em dúvida na hora de escolher os pisos e revestimentos para as áreas certas de seu projeto. Por isso, separamos abaixo alguns tipos de revestimentos recomendáveis para seu projeto e onde instalá-los:
- Vinil: resistente e de fácil instalação, o vinil se destaca por ser térmico, não faz barulho ao andar e é antialérgico. Pode ser em formato de manta ou placa, podendo ser aplicado sem perigo de manchar. Porém, não é recomendado para áreas úmidas, como banheiros, além de poder ser danificado por móveis pontiagudos.
- Madeira: pisos e revestimentos de madeira compõem qualquer ambiente com aconchego e requinte. Pisos de taco, por exemplo, são hipoalergênicos, atemporais, versáteis e muito duradouros. No entanto, dentre os problemas estão o tempo de instalação e o preço salgado.
- Porcelanato: pode ser achado em vários formatos, texturas e tamanhos. Encaixam em ambientes externos e internos, servindo para locais de grande presença de água, como garagens ou banheiros. O maior entrave é que porcelanatos correm o risco de lascar ou quebrar sob impactos.
- Outras opções: tintas e papéis de parede também são revestimentos a serem considerados para áreas secas. Tijolos e pedras dão um ar mais rústico e são de fácil manutenção, sendo mais usados em áreas externas.
fonte: MOBUSS CONSTRUÇÕES