Os registros mais antigos do asfalto são de 3000 a.C., quando era usado para conter vazamentos de águas em reservatórios.
Naquela época, ele não era extraído do petróleo, mas feito com piche retirado de lagos pastosos, sendo que a partir de 1909 iniciou-se a utilização de asfalto derivado do petróleo, devido a sua maior pureza e viabilidade econômica.
A primeira rodovia asfaltada do Brasil foi a Rio-Petrópolis, em 1928, durante o governo Washington Luís.
O asfalto utilizado em pavimentação é um ligante betuminoso, que provém da destilação do petróleo, com característica de ser adesivo e pouco reativo.
Dentro da engenharia, cada tipo de asfalto destina-se a um fim:
- ADP - Asfalto Diluído de Petróleo: Compõe uma linha de asfaltos utilizados na etapa intermediária da pavimentação, conhecida como imprimação. A imprimação é aplicada sobre a base que irá receber o pavimento, a qual é normalmente composta por brita corrida, argila ou solo cimento, podendo sofrer variações de designação ou até mesmo de composição dependendo da região onde será construído o pavimento.
- CAP - Cimento Asfaltico de Petróleo: Produzido em sistemas de refino de petróleo, é o mais utilizado na pavimentação, apesar de suas limitações de desempenho, pois permite a construção de pavimentos flexíveis de durabilidade razoável.
- CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente: É um dos tipos de revestimentos asfálticos mais utilizados nas vias urbanas e rodovias brasileiras. Os pavimentos são estruturas compostas por múltiplas camadas, sendo que o revestimento é a camada responsável por receber e transmitir a carga dos veículos, além de servir de proteção contra o intemperismo.
- PMF - Asfalto Pré Misturado a Frio: É utilizado em pavimentos flexíveis podendo ser misturado a quente ou a frio. Em ambas as misturas, a composição é formada por agregados minerais (brita, pó-de-pedra, filler) e um ligante asfáltico que os unem.
A adoção de um revestimento de alto, médio ou baixo padrão, deve ser considerado de acordo com o número e tipo de veículos pesados que transitam na rodovia, vida útil necessária para o pavimento, disponibilidade de material, composição das camadas inferiores do pavimento, entre outros.
Uma das maiores dificuldades presentes no pavimento asfáltico é a execução de remendos, pois em geral, a recomposição do pavimento não é perfeita apresentando muitas irregularidades, além de não se adaptarem homogeneamente com o pavimento já existente.
Os remendos feitos em pavimentos asfálticos são derivados de intervenções como redes de drenagem, redes de esgoto ou tubulações de cabos elétricos.
Na construção de qualquer edificação, é necessária a condução das águas do terreno até a rede de drenagem na rua, onde muitas vezes, é preciso quebrar o pavimento asfáltico existente.
Para que sejam feitos os remendos necessários, primeiro realiza-se o corte do pavimento asfáltico com uma maquina de corte em disco, garantindo assim, uma interface linear entre o asfalto existente e o remendo que será executado, evitando a propagação de trincas.
Em seguida, executa a demolição e remoção do pavimento sobre a vala com um martelete hidráulico.
Depois é feita a escavação da vala (manual ou mecanizada) de acordo com a necessidade, o aterro e a compactação. Na última etapa, deve-se tomar muito cuidado para realizar uma compactação adequada, evitando um possível afundamento do pavimento asfáltico devido às camadas inferiores do solo.
Finalmente, inicia-se a execução do pavimento asfáltico, aplicando-se uma camada de brita graduada com espessura compatível ao tráfego de veículos do local. Logo após, espalha-se o asfalto e executa-se a compactação com placa vibratória.
É importante deixar uma borda de asfalto novo sobre o asfalto existente durante a execução para garantir a ligação entre as duas superfícies.